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Membros da Renamo exigem demissão do delegado provincial na Zambézia

Alguns membros da Renamo, em Quelimane, concentraram-se na delegação desta agremiação política,onde entoaram cânticos, exigindo a demissão do actual delegado, Inácio Reis. 

A contestação, que iniciou na terça-feira, envolveu  membros e chefes dos postos administrativos ao nível da autarquia de Quelimane.

Os mesmos queixam-se da actual gestão da delegação política provincial da Renamo, na província da Zambézia. 

“Queremos perceber se a orientação foi do presidente ou de uma outra pessoa. Queremos saber porque não se deixa os membros da Renamo, na Zambézia, marcharem. Queremos que o senhor saia por bem e não nos crie tumultos. Estamos a perder membros. Passam dois meses desde as eleições e não há um pronunciamento”, queixou-se Virgílio Benedito, chefe de posto.

Os membros apontam, ainda, a falta de colaboração e proibição de manifestar.  “Podemos deixar de ser chefes de posto, mas não deixamos de ser povo. Ele diz que, se quisermos marchar, temos que arranjar um lugar para nos concentrarmos. Diz para deixarmos de usar a bandeira da Renamo e para avisarmos o cabeça-de-lista para criar um símbolo para marchar”, acusou Sitiana Domingos,membro da Renamo. 

Reagindo a este posicionamento, Inácio Reis disse que a Renamo tem um comando central que deve ser obedecido. Diz ainda que o posicionamento dos membros não tem razão de ser e acrescenta que o não uso dos símbolos do partido nas marchas é comando central. 

“A Renamo não está feliz com os resultados, mas a Renamo tem um comando. E é esse comando que, todo aquele que é membro, tem que respeitar e obedecer. Por isso, chegámos onde chegámos. Agora, dizer que estamos a proibir de marchar não corresponde à verdade. E, se formos a ver, estamos a falar de vinte e dois distritos e o único que está a marchar é o de Quelimane. A Renamo pode não estar a marchar, mas isso não significa que esteja satisfeita com os resultados”, argumentou.

Os  membros da Renamo dizem que, enquanto Inácio Reis não se demitir, vão cantar e continuar a exigir a sua demissão na delegação provincial deste partido.

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