Subiu para 14 o número de mortos e para 60 o de feridos, devido à passagem do ciclone JUDE por Moçambique, segundo a última actualização feita hoje pelo Governo.
De acordo com dados apresentados em conferência de imprensa pelo porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, subiu igualmente para 30 o número de unidades sanitárias destruídas pelo ciclone.
Face à destruição de casas, 1.985 pessoas foram acomodadas em centros de acomodação na província de Nampula, acrescentou o Governante.
“Foram destacadas equipas de apoio às províncias de Nampula e Zambézia, reactivados os centros operativos de emergência nas províncias afectadas, destacadas equipas multissectoriais a nível das províncias e apoio aos distritos na rota do ciclone e disposição de alimentos para apoio e socorro da população”, disse o porta-voz do Governo.
O número de pessoas afectadas subiu para 100.410 e o de famílias para 19.961, dados que agora incluem também as províncias centrais de Tete e Manica, além de Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, as três últimas do norte de Moçambique.
O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) aponta ainda, em dados até quarta-feira, 20.244 casas total e parcialmente destruídas, 22 edifícios de culto e um público afectados.
Um total 59 escolas, 182 salas de aulas, 17.401 alunos e 264 professores estão também entre os afectados pelo Jude, havendo ainda seis pontes, um aqueduto e 1.262 áreas agrícolas fustigadas pela intempérie.
Moçambique está em plena época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril, período em que foram já registados os ciclones Chido e Dikeledi, que afectaram igualmente o norte do país.
Os ciclones atingiram Moçambique entre Dezembro do ano passado e Janeiro último, com maior impacto nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, tendo afectado cerca de 736.000 pessoas e causado a destruição de infra-estruturas públicas e privadas.
Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afectando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O país africano é considerado um dos mais severamente afectados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa. (RM)
Fonte: RM