A selecção nacional de futebol perdeu a possibilidade de se qualificar ao CAN de Marrocos de forma antecipada, ao perder em casa diante do Mali por uma bola sem resposta. Os Mambas deixaram a decisão da qualificação para terça-feira, em Bissau, quando defrontarem a selecção local, para a última jornada.
Chiquinho Conde prometeu e cumpriu, ao montar uma selecção tradicional, no sistema habitual de 1x4x2x3x1, com os jogadores que tem sido titulares nos últimos jogos, com a inclusão de Mexer e Guima.
O jogo até começou com um agradecimento dos Mambas aos adeptos que estiveram nas bancadas do ENZ, depois de uma semana atípica e de incertezas que caracterizou o jogo. E por que não era fácil para Moçambique, Mali foi para cima do combinado nacional, criando a primeira situação de perigo num livre directo, bem defendido por Ernan.
A Mamba acordou do susto e também foi para frente ameaçar. Em três tentativas na mesma jogada, a bola não encontrou melhor caminho para a baliza depois de tentativas de remates de Ratifo, Geny e Clésio.
Nada que deixasse os malianos preocupados, que sem estremecer, foram para frente e numa jogada individual de Doumbia, marcaram, num remate rasteiro, sem hipóteses para Ernan, aos 18 minutos.
A reacção venenosa dos Mambas chegou em dose dupla. Primeiro aos 28 minutos, com Geny a rematar para defesa apertada do guarda-redes maliano, e minuto depois, com Bruno Langa a rematar forte, mas por cima.
Em jogada de contra ataque conduzida por Bruno Langa, Ratifo não consegui dar melhor seguimento e teve oposição de um contrário.
O intervalo chegou com a vantagem tangencial do Mali.
Na segunda parte os Mambas entraram transfigurados, apesar do poderio do Mali. Guima teve tudo para empatar o jogo, mas o guarda-redes maliano negou o golo.
Depois foi Bruno Langa, em dose dupla, primeiro numa jogava individual, a falhar por poucos centímetros, e depois servido por Guima, a rematar por cima.
Era o melhor momento dos Mambas.
Aliás, os Mambas estiveram bem melhores na segunda parte e só não tiveram sorte de marcar um golo.
Nas bancadas ainda se festejou quando Eswatini marcou diante da Guiné-Bissau, afinal era o resultado que colocava os Mambas na fase final do CAN. Mau gáudio que Eswatini tenha falhado uma grande penalidade que daria toda tranquilidade, e os guineenses acabaram por empatar a partida.
Aos Mambas cabia apenas marcar um golo, empatar a partida e carimbar o passaporte para Marrocos. Nem Geny Catamo, nem Bruno Langa e nem mesmo Elias Macamo conseguiram enganar o guarda-redes do Mali.
O jogo marcou a estreia absoluta de Chamito nos Mambas, que teve alguns minutos insuficientes para mostrar sua veia goleadora.
Terminou o jogo com vitória do Mali, que garante a qualificação ao CAN, enquanto os Mambas deixam a decisão da qualificação para terça-feira, diante da Guiné-Bissau, em Bissau. Um empate garante a qualificação, enquanto a derrota ainda faz o combinado nacional fazer as contas, para saber se apanha avião para Marrocos ou não, em Dezembro de 2025.